segunda-feira, 29 de julho de 2013

Listas: 10 álbuns - parte I

Outro dia contei em algumas redes sociais algumas informações musicais importantes sobre mim. Eu disse que quando era criança/adolescente ouvia basicamente A-ha, Duran Duran, Depeche Mode, Madonna e U2. Eu e meu irmão mais velho tínhamos alguns vinis deles em casa, e era isso que sempre rolava nas vitrolas (quando meu pai não estava ouvindo Altemar Dutra ou Nelson Gonçalves).

Disse ainda que os dois primeiros CDs que comprei foram um do George Michael (Listen Without Prejudice) e um da Sinnead O´Connor (I Do Not Want What I Haven´t Got). Hoje é raríssimo eu comprar CDs, mas ainda guardo os dois.

Para completar, confessei que nunca tinha sido fã dos Pixies; não gostava/gosto nada do Sonic Youth; morro de preguiça eterna do Pavement; nunca me importei ou me importarei com o Arctic Monkeys; tentei, sem sucesso, gostar do Vampire Weekend; e tenho vontade nenhuma de assistir a um show do Weezer.

Repetições de informações à parte, a verdade é que, para o bem ou para o mal, todo mundo tem informações musicais importante sobre você mesmo para compartilhar. Algumas pessoas (como eu) levam demasiadamente a sério essas informações; outras preferem focar em outras coisas e deixam de lado questões de gosto musicais. Eu não consigo. Música faz parte do meu dia a dia, da minha vida, da minha história; ela baliza minhas amizades e me ajudam a contar meus relacionamentos, alegrias e decepções.

Nada melhor então do que descobrir os gostos musicais daquela pessoa nova que entra na sua vida, ou gravar CDs ou mixtapes com novidades e canções que você gosta para sair distribuindo entre os amigos.
Como o site internet está aí para acabar com as surpresas da vida, fiz toda essa longa introdução para brincar um pouco de Rob Fleming e listar os 10 álbuns que fizeram/fazem parte da minha vida. Não, não são os 10 melhores álbuns ever, são apenas discos que eu muito escutei/escuto/escutarei e revelam por demais sobre minha pessoa (e não existe uma ordem também, não!).

Like a Prayer: Sim, sou gay, então tinha que ter Madonna na lista. Esse nem foi o primeiro vinil dela que comprei (isso cabe ao True Blue), mas, na minha humilde opinião, é o melhor de todos. Foi a partir desse álbum que Madonna começou a deixar de lado a imagem de mera cantora pop e enveredou pelas polêmicas de modo mais agressivo. Redondinho e com um ar pop ainda livre das influências eletrônicas que pululariam nos anos 90 em diante, o álbum traz pérolas como “Express Yourself”, “Like a Prayer”, “Cheerish”, “Spanish Eyes”, “Keep it Together”, “Oh Father” e por aí vai. Melhor música: a triste e fodona “Promise to Try”.

Scoundrel Days: Antes de cair no esquecimento, o A-ha começou muito bem, obrigado. O segundo álbum da banda que veio lá da Noruega para conquistar o mundo e os meus ouvidos é o meu preferido deles. Com um som mais maduro, melancólico e sombrio para um grupo que no primeiro disco parecia que seria só “popão”, o álbum aposta no vocal do Morten Harket (gato), que se esforça na melancolia nas lindas “Scoundrel Days”, “Manhattan Skyline”, “I´ve bee losing you”, “Soft Rains of April”, “The Weight of the Wind” e na melhor: “The Swing of Things”. Típico álbum que não consigo ouvir sem me lembrar de como era ser adolescente e colocar o bolachão para girar na vitrola.

The Joshua Tree: O U2 está aí há tanto tempo e já mudou seu som tantas vezes que, hoje, eles sofrem por certo desgaste. Coxinhas ou a maior banda da atualidade ou não, em The Joshua Tree, eles chegaram à perfeição. Um dos poucos álbuns que escuto de cabo a rabo sem reclamar, sem pular faixa, sofrendo em cada canção. “Where the Streets Have no Name” me faz querer correr em slow motion como se estivesse em um videoclipe; “I Still Haven´t Found What I´m Looking For” me faz acreditar no que ainda está por vir; “With or Without” é tipo um hino; “Running To Stand Still” e “Mothers of the Disappered” são fodas pra caralho de triste; e “One Tree Hill” me faz apenas chorar de felicidade.

Violator: Como se não bastasse ter a música mais foda ever de todos os tempos: “Enjoy the Silence”, esse disco do Depeche Mode ainda tem “Personal Jesus”, “Policy of Truth”, “World in My Eyes”, “Sweetest Perfection”... Não precisa explicar muito.

Jagged Little Pill: O tempo e a indústria fonográfica não perdoam mesmo, e, hoje, Alanis Morissette vive mais das glórias do passado do que de sua produção musical atual. Mas, lá em 1995, a coisa era outra e só dava a moça. Eu, a beira de completar 20 anos, ganhei esse disco de presente de aniversário na firma e me encantei com a fúria das letras das canções e com os vocais raivosos da cantora. Hoje, quase 20 anos depois do lançamento de Jagged Little Pill, ainda escuto o álbum como se fosse um jovem dando tchau para a adolescência. Apesar do sucesso cavalar de músicas como “You Oughta Know”, “You Learn”, “Hand In My Pocket”, “Head Over Feet” e “Ironic”, seguindo minha tendência de sempre gostar das músicas mais tristes e melancólicas, minhas preferidas continuam sendo “Perfect”, “Mary Jane” e “Forgiven”.

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